ESTADO DA ARTE

Nas últimas décadas a fronteira luso-espanhola converteu-se numa área de pesquisa multidisciplinar, consolidada por historiadores, geógrafos, politólogos, sociólogos e antropólogos, da qual resultou uma vasta bibliografia. A partir de finais da década de 90 multiplicaram-se congressos e projectos de investigação, dos quais destacamos: “La articulación del territorio en la Península Ibérica”, desenvolvido por uma equipa interuniversitária franco-luso-espanhola (Guichard 2001), e posteriormente o projecto: “El discurso geopolítico de las fronteras en la construcción socio-política de las identidades nacionales”, coordenado por Heriberto Cairo Carou, da Universidad Complutense de Madrid, envolvendo uma equipa multidisciplinar luso-espanhola, centrada no estudo da construção do Estado Nação, das identidades nacionais e nas culturas de fronteira (Cairo Caro et al, 2009). Na Universidade de Sevilha, o Grupo para el Estudio de las Identidades Socioculturales en Andalucía (G.E.I.S.A.), coordenado por Isidoro Moreno, realizou um estudo pioneiro com o enfoque nas manifestações festivas, analisando as transformações das expressões simbólicas na zona fronteiriça de Huelva/Baixo Alentejo/Algarve após o processo de redefinição e resignificação das fronteiras ibéricas (Hernández Léon et al, 1999). Na Universidade da Extremadura ,destacamos a tese de doutoramento “A música tradicional na Raia de Marvão, Nisa e Comarca de Valência de Alcântara. Estudo etnomusicológico e uma proposta didáctica” (Gordo, 2011). A investigação em torno do intercâmbio musical transfronteiriço entre Portugal e Espanha é escassa a nível académico (cf. Medeiros, 2003; Moreno 2008), mas bastante dinamizada por agentes culturais envolvidos em processos de patrimonialização, como Mário Correia em Sendim, Alberto Jambrina em Zamora e Xosé Lois Foxo em Ourense. A nível académico destacamos dois projectos de investigação em curso, reunindo equipas multidisciplinares luso-espanholas: “Músicas tradicionales y populares de Zamora y Miranda do Douro: documentación, estudio, interpretación”, coordenado por Enrique Cámara de Landa da Universidad de Valladolid, centrado no estudo das músicas tradicionais e populares na área transfronteiriça de Zamora/ Trás-os-Montes, estudando o intercâmbio musical regional e transnacional e os fenómenos socioculturais vinculados à tradição. No Instituto de Etnomusicologia da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa está em curso o projecto de investigação: “O Celtismo e as suas repercussões na Galiza e no Norte de Portugal”, coordenado por Salwa Castelo-Branco, com o enfoque nos movimentos musicais transnacionais e nos processos transfronteiriços de construção identitária que instrumentalizam os patrimónios musicais locais e regionais, desenvolvendo uma análise comparativa do movimento da música celta no Norte de Portugal e na Galiza como principal estratégia de investigação.

Projectos de investigação de estudos musicais na fronteira luso-espanhola

Projectos de investigação de estudos musicais na fronteira luso-espanhola

 

En las últimas décadas la frontera hispano-portuguesa se ha convertido en un espacio de investigación multidisciplinar, consolidado por historiadores,geógrafos, politólogos, sociólogos y antropólogos, dando lugar a una vasta bibliografía. Desde finales de los 90 se multiplican congresos y proyectos de investigación, entre los que podemos destacar: “La articulación del territorio en la Península Ibérica”, desarrollado por un equipo interuniversitario franco-español-portugués (Guichard, 2001), y posteriormente el proyecto: “El discurso geopolítico de las fronteras en la construcción socio-política de las identidades nacionales”, coordinado por Heriberto Cairo Carou, de la Universidad Complutense de Madrid, e integrado por un equipo multidisciplinar, comprometido en el estudio de la construcción del Estado nación, identidades nacionales y culturas de frontera (Cairo Caro et al, 2009). En la Universidad de Sevilla, el grupo para el Estudio de las Identidades Socioculturales en Andalucía (G.E.I.S.A.), coordinado por Isidoro Moreno, ha realizado un estudio pionero con énfasis en las manifestaciones festivas, analizando las transformaciones de las expresiones simbólicas en la zona fronteriza de Huelva/Bajo Alentejo/Algarve, después del proceso de redefinición y resignificación de las fronteras ibéricas (Hernández Léon et al, 1999). En la Universidad de Extremadura, el Departamento de Sociología ofrece el máster: “Gestión de Fronteras Internacionales y Cooperación Transfronteriza” en procesos transfronterizos (entre España, Portugal e Latina América), más allá del estudio sobre patrimonio musical extremeño (histórico e tradicional) y su intercambio con otras culturas, realizado por el grupo de investigación “Patrimonio Musical y Educación”, del cual destacamos la tesina: “A música tradicional na Raia de Marvão, Nisa e Comarca de Valencia de Alcántara. Estudo etnomusicológico e uma proposta didáctica” (Gordo, 2011). Todavía, las investigaciones en torno al intercambio musical transfronterizo entre Portugal y España son escasas a nivel académico (cf. Medeiros, 2003; Moreno 2008), aunque si lo son aquellas dinamizadas por actores culturales involucrados en procesos de patrimonialización, como Mário Correia en Sendim, Alberto Jambrina en Zamora e Xosé Lois Foxo en Ourense. A nivel académico se destacan dos proyectos de investigación en proceso, que integran equipos multidisciplinares hispano-portugueses: “Músicas tradicionales y populares de Zamora y Miranda do Douro: documentación, estudio, interpretación”, coordinado por Enrique Cámara de Landa, de la Universidad de Valladolid. Esta investigación se centra en el estudio de las canciones tradicionales y populares de la zona transfronteriza de Zamora/Trás-os-Montes, y cuestiona el intercambio musical regional y transnacional y los fenómenos socioculturales vinculados a la tradición. En el Instituto de Etnomusicologia de la Facultade de Ciências Sociais e Humanas de la Universidade Nova de Lisboa está en curso el proyecto de investigación: “O Celtismo e as suas repercussões na Galiza e no Norte de Portugal”, coordinado por Salwa Castelo-Branco, que hace hincapié en los movimientos musicales y transnacionales, y en los procesos de construcción de identidades transfronterizas que instrumentalizan el patrimonio musical local y regional, a partir de un análisis comparativo del movimiento de música celta en el norte de Portugal y en Galicia como estrategia principal de investigación.

 

 

2 pensamentos sobre “ESTADO DA ARTE

  1. Boa tarde, antes de mais parabéns pelo excelente artigo e obrigado pela citação.
    Apenas pretendo chamar a atenção para um pequeno lapso, na linha 58 creio, onde se lê … Tesina … “Patrimonio Musical y Educación”, del cual destacamos la tesina: “A música tradicional na Raia de Marvão, Nisa e Comarca de Valencia de Alcántara. Estudo etnomusicológico e uma proposta didáctica” (Gordo, 2011).
    Na verdade é uma tese e não tesina erro que não me parece relevante mas pretendo apenas reforçar o vosso rigor.
    Votos de continuação de um excelente trabalho

    Grato

    Fernando Gordo

    • Obrigada, Fernando Gordo, pelo seu interesse no texto e pelo seu reparo. Creio que o erro se deveu a tesina ser a expressão usada em castelhano, que obviamente devia ter traduzido para tese. Parabéns pelo seu trabalho pioneiro.

Deixe um comentário