Bandas Filarmónicas

Banda da Sociedade Filarmónica União Musical Amarelejense

(Amareleja – Moura – Baixo Alentejo)

A Banda foi fundada em 1858, por iniciativa de um italiano (de nome desconhecido) que formou os primeiros músicos da banda. Foram seus continuadores os regentes amadores: José Castilho, Francisco Mechero de Sosa e João António Mechero (de origem espanhola), Domingos Carneiro Coelho, músico da banda e natural de Amareleja, e os profissionais Florêncio José Cenáculo Villas-Boas e Raul Morais Franco. A banda não teve sede até 1932, funcionando a Escola de Música e os ensaios em casas cedidas por “amigos da banda”, e também na Sociedade Recreativa Amarelejense que lhes franqueou um espaço na sua sede. A 15 de Janeiro de 1932 foi constituída a Sociedade Filarmónica União Musical Amarelejense, com estatutos aprovados pelo Governador Civil de Beja, desenvolvendo as suas actividades em instalações cedidas por uma família de latifundiários, cujo imóvel é actualmente património da colectividade. Os principais fundadores da Sociedade foram Joaquim António Frade, Joaquim António Escária e João Costa Ponces que dirigiram a primeira Assembleia Geral para aprovação dos estatutos. A partir de 1932 foram regentes da banda: Júlio Frederico Branco, Raul Pinho Ravara, Brás Celeiro, João Gualberto, João Imperial Floro, Celestino Coelho, Zózimo Cabecinha Chagas, Domingos Monteiro Filipe “Parola” (amador), Júlio Nogueira, Luís Ramalho e actualmente o maestro Agostinho Lourinho. Dos muitos regentes que dirigiram a Banda Filarmónica destacam, pela sua dedicação, Domingos Monteiro Filipe, “Mestre Parola”, que nos tempos em que não era possível suportar os encargos com um maestro profissional, assegurava a regência da Banda. Em 1932 a Banda Filarmónica Amarelejense conquistou o 1º lugar no concurso de Filarmónicas de Moura, e o 3º lugar no concurso de Filarmónicas do Distrito de Beja de 1933. Ao longo dos anos a Escola de Música desempenhou um importante papel na formação musical dos amarelejenses. Actualmente tem cerca de 21 alunos e fazem parte da formação da banda 50 elementos de ambos os sexos, dos quais 85% são jovens. Para além da participação da Banda Filarmónica em festividades e encontros de Bandas em Portugal, tem numerosas actuações em Espanha, nomeadamente em Aroche (Huelva), Alconchel, Oliva de la Frontera, Valencia del Mombuey, Jerez de los Caballeros e Zahinos (Badajoz).

 

Banda Filarmónica “Fim de Século” (Barrancos – Baixo Alentejo)

A Banda foi fundada em 1899 com a denominação de Banda Filarmónica “Fim de Século” e até ao ano de 1917 teve como regente Sérgio Augusto Meireles, autor do Hino de banda, que ainda perdura. Após um interregno de alguns anos de inactividade, resultante de dificuldades económicas, um grupo de apaixonados pela música reuniram esforços para reorganizarem a Banda, em 1923. Mas apesar dos esforços do Município, que adquiriu e recuperou instrumentos, esta segunda tentativa acabou por fracassar. Em 1952, após nova reorganização, e com a aprovação dos estatutos da Sociedade Filarmónica Barranquense, por parte do Governador Civil do Distrito de Beja, a Sociedade conseguiu manter-se em actividade até aos nossos dias, como escola de música. A adesão massiva de sócios permitiu a contratação de bons regentes e a inscrição da Banda na Federação Portuguesa de Colectividades de Cultura e Recreio. Com o agravamento das dificuldades económicas e passado o entusiasmo inicial o Regente passou a ser um dos músicos mais antigos, mantendo-se esta situação por muitos anos. Nas décadas de 80 e 90, com a ajuda do poder local, foi possível contratar os serviços de um regente profissional, situação que melhorou as prestações desta Banda. Actualmente, graças à renovação instrumental,  novo fardamento e a um número estável de músicos, a Banda Filarmónica “Fim de Século de Barrancos” desfruta de algum prestígio entre as suas congéneres da Região alentejana, facto a que não são alheios o empenho demonstrado por todos os seus executantes, pela Direcção, e a dedicação do maestro Francisco Roque Nunes, que se encontra a dirigir a Banda desde Agosto de 2006.  O trabalho desenvolvido pelo maestro transformou a sociedade filarmónica num grupo coeso e a escola de música numa realidade. Em dois anos entraram para a banda, directamente da escola de música, dezanove promissores músicos, de tenra idade. A 26 de Abril de 2008 a Sociedade Filarmónica organizou o I Encontro Internacional de Bandas em Barrancos, no qual participaram as bandas da Sociedade Musical Fraternidade Operário Grandolense (Grândola) e a Banda Municipal de Música “Juan Fernández Vasquez” de Aroche (Huelva). Em 2014 participaram no Certamen Internacional de Bandas de Música, de Oliva de la Frontera (Badajoz), organizado pelo município local.